Como fundador e responsável por diversas áreas na Chatbot Maker, a todo o momento tenho milhares de tarefas fazer e outros milhares de assuntos para pensar. Por tempos, essas demandas me geraram estresse. Isso fez minha produtividade, assim como a qualidade do meu desempenho (ambos fatores essenciais para o sucesso da nossa jornada), cair bruscamente.
Sabe aquele momento que você chega ao final do dia com a sensação de não ter concluído tudo que precisava? Ou pior, de ter esquecido de alguma tarefa muito importante? Muitas vezes era assim que me sentia.
Nesse momento eu cheguei a conclusão que precisava, urgentemente, encontrar alguma maneira de dar um jeito nessa situação. Foi então que parei para procurar um método que me ajudasse a ser mais produtivo.
Após muitas pesquisas e testes de diversas metodologias, encontrei, por fim, a que mais se adequou ao meu momento e estilo: o método GTD.
O GTD (Getting Things Done) é uma metodologia de produtividade criada por David Allen. Ele publicou um livro que deu base à metodologia: “Getting Things Done” ou “A arte de fazer acontecer”, em português.
Os 5 passos para fazer acontecer
Como o nome já diz, essa metodologia se propõe a fazer as coisas acontecerem, e, para isso, se baseia em 5 passos:
1. Capturar:
Sabe aquele pensamento de, deixa que eu lembro? Ele mostra que não, você poucas vezes lembra. Então, para começar você deve tirar da cabeça todas as ideias e lembranças de coisas a fazer e passar para algum lugar mais confiável.
No meu caso eu uso projetos no Asana para fazer essas capturas, mas você pode usar o software que você mais gostar. Existem outros similares, como o Trello ou, para processos mais comerciais, o Pipefy.
A ideia central aqui é que você não precise ficar pensando em nenhuma tarefa ou coisa que precise fazer, pois sabe que eles estarão seguras em algum lugar. No meu caso, meu Asana.
2. Esclarecer:
Este é o momento em que você se dedica com foco e atenção para analisar cada uma das suas capturas. Agora é o momento de decidir o que demanda ação ou não, ou seja, o que você vai fazer com cada uma.
É o momento de pensar se, minimamente, aquilo faz sentido para você, seu momento, ou seu negócio.
Sempre que posso eu esclareço as minhas capturas. Uso qualquer tempo pra fazer isso, como quando estou no Uber. Tento não deixar passar nenhum dia sem esclarecer. Isso ajuda a manter minha mente fresca e ativa, além de permitir que as capturas fluam pelo processo.
3. Organizar:
Assim como extrair da sua cabeça cada uma das ideias, é muito importante ter suas listas organizadas. Basicamente, para mim, é nesse passo a hora de dividir as atividades que tenho para fazer em listas de tarefas de acordo com o contexto que estou.
Isso permite que você possa acessá-las na hora certa e no lugar certo, sem precisar despender muito tempo para encontrá-las.
A ideia aqui é que eu nem sequer olhe para algo, se não for o momento de lembrar daquilo.
“Se eu não posso fazer aquilo, seja por não estar no lugar certo, seja por não ter no momento todas as ferramentas para realizar a atividade, é melhor que eu nem lembre que aquilo existe.”
Sendo assim, para mim, algumas das minhas listas são:
- Em casa,
- Na rua,
- No trabalho;
4. Refletir:
Agora vamos revisar todo o nosso sistema para não perder nada de vista, atualizar as informações e obter, assim uma perspectiva geral do andamento.
Faço essa atividade aos domingos, pois considero um dia ótimo para isso. Basicamente eu esvazio minha caixa de entrada, tiro tudo que tiver de atividades para fazer da minha cabeça, reviso minhas listas de atividades, revejo meu calendário e etc.
A ideia aqui é deixar tudo atualizado e no seu devido lugar. O melhor é a sensação de organização depois de fazer tudo isso. É como sentir cheirinho de casa limpa. Você fica até com uma energia a mais para começar a segunda com tudo.
5. Engajar:
Este é um passo mais geral. Ele é o lembrete da necessidade de executar com significado.
Ou seja, saber que o que você está fazendo, naquele momento, é a coisa mais importante que deveria estar fazendo – em vez de estar preocupado ou distraído com outro assunto.
“É a tranquilidade de saber que o que você não está fazendo está sob controle. É ter uma mente clara como água” nas palavras do próprio David Allen
Conclusão
Ao implementar o método GTD aprendi que ser produtivo não significa fazer mais. Ser produtivo é aproveitar melhor o seu tempo, se engajando no que está fazendo. Tem muito mais a ver com manter a mente plena, estar com a cabeça 100% presente, e sem preocupações desnecessárias.
Recomendo que você também tente por em prática essa metodologia. Ela foi realmente transformadora para mim e para toda a produtividade da Chatbot Maker. E se, mesmo assim, você achar que o GTD não é o seu método ideal, recomendo que busque um. Estude e teste formas diferentes, metodologias novas, algo que te ajude a ser mais produtivo e atingir seus objetivos de forma mais equilibrada e organizada.