Quanto os norte-americanos gostam de seus animais de estimação? O suficiente para gastar US$ 41 bilhões anualmente em bens, serviços, experiências e atividades relacionadas a animais de estimação - mais que o valor total gasto pelos consumidores dos Estados Unidos com cinema, videogames e músicas em um ano.
Mimar animais virou um mercado muito lucrativo e aquecido o tempo inteiro. Hoje já existe até canal de TV Pet, e sim, é um sucesso por lá. Sabe o porque disso? Porque gastar com animais de estimação não segue a lógica convencional de consumo. É um consumo do tipo simbólico, ou consumo emotivo.
Ou seja: Você gasta com seu bichinho por afeto, não porque existe um motivo muito lógico para isso. Na verdade você inventa esse motivo só para não dar peso na consciência. Você não, o mercado, que por sinal, te cobra bem alto por esses serviços. E você paga.
O que a gente quer dizer com isso? Que você pode tirar proveito disso para aumentar suas vendas também.
Primeiro, você tem que entender que tudo depende da cultura dos consumidores. O Significado das coisas são definidos por nossa cultura. Os antropólogos definem em dois tipos:
Categorias culturais:
Que são agrupamentos naturais que refletem nossa cultura. É o modo como classificamos o tempo, o espaço, os eventos. Por exemplo: Tempo de férias, tempo de trabalho, tempo de dormir. Local para usar sunga, local para usar cueca...
Princípios culturais:
Princípios são idéias ou valores que dizem como organizamos os aspectos de nossa cultura. Se ligam ao status social, gênero, sexo, sexualidade, idade, etnia, raça, credo… Ou seja, roupa feminina, comida indígena, Brinquedo de criança, brinquedo adulto…
Entendido essas duas formas de dividir os aspectos mais gerais da nossa sociedade, é preciso saber que os consumidores podem criar e recriar tudo isso. As pessoas misturam tudo isso.
A cada momento estamos tentando nos encaixar em determinado grupo, nos destacar em determinado grupo, nos diferenciar de outros grupos ou nos encontrar como indivíduos únicos.
E é aí que nascem oportunidades bem específicas de você atuar no seu negócio.
Quando compramos por algum desses motivos, estamos nos movendo por emoções, por pressões sociais, por desejos, muito mais do que por “se esse produto vai ser útil para mim”. Quer um exemplo? Vamos falar de casamentos
Em um casamento, a noiva precisa escolher o vestido ideal, que vai ficar na memória e marcar aquele momento para sempre. Precisa fazer uma festa linda e que todos adorem.
Mas esse vestido, vai ser de que cor?
Mas o casamento vai ser na praia ou no buffet?
Vai ser glamuroso ou simples?
Cada pergunta dessa abre espaço para um grupo de mercado diferente, mas no geral, toda a cerimônia não passa de um momento especial e emotivo. A certeza que temos é que você pode até cobrar caro, se for o sonho dessa noiva, ela paga.
E no Natal não poderia ser diferente. Me diga, o que é que essa festa de troca de presentes e compra de comidas diferentes têm de racional? Já notou como nesse período se apela ao sentimentalismo, aos valores, à bondade nos nossos corações e a esperança de um mundo melhor?
Sim, é uma época de consumo simbólico.
Agora que você já sabe isso, que tal usar a favor da sua empresa? Comece pensando:
Qual data ou época do ano é mais vantajoso para minha empresa de apelar para emoções?
Pode ser nas datas comuns como Fim de Ano. Ou quem sabe como é o Dia das Mães para as perfumarias. De repente tem um período do ano que não importa, sempre vai dar certo, como é o caso dos pets. Pense em quais são os seus.
Qual público eu atendo que posso apelar sempre para isso?
Às vezes, existem públicos que sempre será possível apelar para o emocional. Como as mulheres vaidosas para as empresas de cosméticos (até mesmo os cosméticos veganos). Pense em seu produto, ele tem algum público assim?
Depois de responder essas questões eu imagino que você tenha conseguido encontrar bons insights para sua empresa.